Às vésperas do Natal, festa da natividade de Jesus, já se vê muitas casas e árvores enfeitadas com luzes que simbolizam as estrelas da noite em que o Cristo nasceu. Três reis magos foram guiados por uma delas, a estrela mais brilhante de todas que conduzia até a pobre manjedoura de Belém onde Maria e José se encontravam junto aquele que seria o Messias. Eles levavam presentes ao menino Deus e, ajoelhados, o adoraram.
Esta é uma narrativa emocionante, embora seja mais verdadeira para aqueles que acreditam nela do que para os estudiosos da cristandade.
A breve história sobre estes sábios homens está em Mateus, 2,1: "E, tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo."
A breve história sobre estes sábios homens está em Mateus, 2,1: "E, tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos adorá-lo."
Bem, há algo interessante neste trecho, pois não há nenhuma referência de que eram reis, assim como não há, ao longo do texto, nada que deixe evidente que eram três.
Posteriormente, os magos foram então denominados: Melchior, Balthassar e Gaspar. Estes nomes aparecem no mosaico da Catedral de Santo Apolinário, em Ravena (Itália), do Século VI. É provável que eles foram tirados do manuscrito grego "Excerpta Latina Barbari" do primeiro Século d.C. Mas como muito do que se pregou na Idade Média fazia parte do folclore popular ou tinha origem pagã, não há fontes fidedignas que façam ligação dos nomes em questão com os personagens do evangelho.
Segundo a tradiçao cristã, Melchior era persa, Balthassar era árabe e Gaspar era indiano. Uma outra tradição diz que um era negro, um era moreno e o outro caucasiano. Há também a história de que um era jovem, um de meia-idade e o outro já idoso. Esta última referência serviu de inspiração para o Mosaico da catedral de Ravena.
Segundo a tradiçao cristã, Melchior era persa, Balthassar era árabe e Gaspar era indiano. Uma outra tradição diz que um era negro, um era moreno e o outro caucasiano. Há também a história de que um era jovem, um de meia-idade e o outro já idoso. Esta última referência serviu de inspiração para o Mosaico da catedral de Ravena.
Ouro, Franquincenso e Mirra
Eis o principal motivo pelo qual os magos foram enumerados posteriormente e definidos como três reis. Embora não haja nenhuma citação de que eram três ou mais. Está escrito em Mateus no capítulo 2, 11: " E,
entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o
adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro,
incenso e mirra."
Bem, partindo do princípio que eram magos, é bem provável que pertenciam à nobreza, já que esta classe de sábios fazia parte desta casta. Também está escrito que eles abriram os tesouros e ofertaram ao menino itens de grande valor na época, o que leva a crer que eram ricos. Se eram nobres e ricos podiam ser reis, mas é evidente que se fossem mesmo membros da realeza, com tão alto título, o evangelista não deixaria passar este detalhe.
A crença popular diz que Gaspar levava o Ouro, Melchior o incenso e Balthassar a mirra.
A crença popular diz que Gaspar levava o Ouro, Melchior o incenso e Balthassar a mirra.
O ouro é, de todos os metais, o mais precioso e, na Idade Antiga, uma das principais moedas de troca, já que não existia o dinheiro como foi concebido posteriormente.
O incenso, também conhecido como Franquincenso (incenso-verdadeiro), é uma resina clara obtida da seiva da Boswelia sacra, árvore também conhecida como Olíbano-da-Somália ou simplesmente Olíbano (Leia no post "A Sarça Ardente - Acácia de Fogo"). Ao ser queimada, a resina libera um perfume que os antigos diziam acalmar a alma e purificar o espírito, por este motivo era muito utilizada nos templos e cerimônias.
A Mirra, assim como o incenso, é uma resina extraída de uma árvore, Commiphora myrrha, originária do norte da África e do Oriente Médio. Com ela se fazia o bálsamo aromático e tinha duas vezes mais valor que o ouro. O balsamo, como o próprio nome referencia, era usado para embalsamar os mortos e ungir o corpo, principalmente em ritos religiosos.
Teólogos afirmam que os itens presenteados pelos magos têm significados específicos: o ouro representa a realeza do Messias, o Incenso o seu sacerdócio e a Mirra a sua unção.
Verdade ou mito, esta história está repleta de referências simbólicas que mostram o quanto o cristianismo está conectado com tradições muito mais antigas e diversificadas. Salve os Reis Magos!
Teólogos afirmam que os itens presenteados pelos magos têm significados específicos: o ouro representa a realeza do Messias, o Incenso o seu sacerdócio e a Mirra a sua unção.
Verdade ou mito, esta história está repleta de referências simbólicas que mostram o quanto o cristianismo está conectado com tradições muito mais antigas e diversificadas. Salve os Reis Magos!
Franquincenso e Mirra vendidos no Mercado Árabe |
TEXTO MARAVILHOSO, UMA EXPLICAÇAO MUITO RELEVANTE PARA MIM,QUE GOSTO DE PEQUIZAR ESSE MISTÉRIO CHAMADO '"JESUS''.
ResponderExcluirAmei esse texto!
ResponderExcluirAdorei a matéria!Muito minucioso e caprichoso!
ResponderExcluirAmigoo, você privatizou o seu canal??? Sou apaixonado por tudo lá, sempre faço minhas leituras de baralho cigano com as músicas que você disponibilizou, de fundo ... Você poderia compartilhar as músicas, através de um Drive, algo assim???
ResponderExcluirParabéns pelo canal e pelo Blog, todo o material que você compartilha conosco é um tesouro
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