Rosa de Saron |
Há uma famosa passagem na Biblia no Livro dos Cânticos onde, cp 02 - vs 01, está escrito : " Eu sou a Rosa de Saron, o Lírio dos Vales". Aqui no Blog já escrevi sobre o lírio e seu simbolismo (ver post: "A Palma e o Lirio - Pureza e Martírio") e, há algum tempo atrás, conversando com um conhecido evangélico o mesmo me perguntou se eu já ouvira falar sobre a Rosa de Saron pois ele tinha curiosidade em saber de qual rosa se tratava. Bem, eu não pude responder à pergunta dele, embora tenha dito o que eu sabia sobre isto: a Rosa de Saron é uma flor, mas não é uma Rosa propriamente.
E é exatamente isto, embora haja muitos hinos cristão exaltando a Rosa de Saron, inclusive como uma forma de ligação com o próprio Cristo, a maioria deles não sabem que a escritura não se refere à uma rosa verdadeira.
Primeiramente é necessário ressaltar que a Rosa de Saron como está descrita no texto poderia muito bem ser substituída por Flor de Saron, já que não se trata de uma rosácea (rosaceae). Já Saron, ou Sharon é uma planicie localizada ao norte de Israel que na atiguidade era conhecida por seu solo fértil onde muitas plantas brotavam. Por alí passava a Via Maris, uma rota que conectava a Mesopotâmia ao Egito e no período romano esta região era chamada de "drymus" que quer dizer "floresta, e ela é citada em diversas passagens bíblicas já que se trata de uma área conhecida por sua bela natureza deste tempos remotos.
E é exatamente isto, embora haja muitos hinos cristão exaltando a Rosa de Saron, inclusive como uma forma de ligação com o próprio Cristo, a maioria deles não sabem que a escritura não se refere à uma rosa verdadeira.
Primeiramente é necessário ressaltar que a Rosa de Saron como está descrita no texto poderia muito bem ser substituída por Flor de Saron, já que não se trata de uma rosácea (rosaceae). Já Saron, ou Sharon é uma planicie localizada ao norte de Israel que na atiguidade era conhecida por seu solo fértil onde muitas plantas brotavam. Por alí passava a Via Maris, uma rota que conectava a Mesopotâmia ao Egito e no período romano esta região era chamada de "drymus" que quer dizer "floresta, e ela é citada em diversas passagens bíblicas já que se trata de uma área conhecida por sua bela natureza deste tempos remotos.
Mapa de Israel
A ROSA NÃO É UMA ROSA
Pelo menos quando se trata da designada "Rosa de Saron", a Rosa não é uma Rosa mas sim um Hibisco da Siria.
A pergunta que não quer calar é: Por que a rosa de Saron é um Hibisco?
Bem, a resposta exata eu não tenho e duvido que alguém a tenha concretamente.
É preciso lembrar que as rosas, plantas conhecidas principalmente por seu caule cheio de espinhos, não são originárias da região do Oriente Médio. Sabe-se que a maioria delas têm origem na China, onde há uma grande variedade de espécies e cultivares.
A pergunta que não quer calar é: Por que a rosa de Saron é um Hibisco?
Bem, a resposta exata eu não tenho e duvido que alguém a tenha concretamente.
É preciso lembrar que as rosas, plantas conhecidas principalmente por seu caule cheio de espinhos, não são originárias da região do Oriente Médio. Sabe-se que a maioria delas têm origem na China, onde há uma grande variedade de espécies e cultivares.
Embora muitos registros afirmem que o Óleo de Rosas tenha surgido na Antiga Pérsia há aproximadamente 2.500 anos, possivelmente elas foram introduzidas na região após o desenvolvimento do sistema hídrico (canais de irrigação que auxiliavam no cultivo) pelos mesopotâmios. Vale ressaltar que os Jardins da Babilônia do Rei Nabucodosor II - umas das sete maravilhas do mundo antigo - era repleto de espécies ornamentais exóticas há exatamente 2.500 anos atrás, grande parte trazidas de outras regiões da Ásia e da Eurásia, o que corrobora com esta hipótese.
O nome Hibiscus syriacus (malvaceae) faz menção à Siria, região onde a espécie foi primeiramente catalogada, embora não se tenha muita certeza se esta área corresponde mesmo ao berço deste tipo de hibisco. Sabe-se que a maioria dos hibiscos é de origem chinesa (Hibiscus rosa-sinensis) e do leste asiático, mas há variedades africanas como o Hibiscus sabdariffa (um dos mais bonitos na minha opinião) e também havaianas.
Assim como Israel - onde hoje se localiza a região de Sharon - a Siria também faz parte do Oriente Médio, compartilhando o mesmo clima e as mesmas espécies botânicas. Portanto, se haviam hibiscos na Siria, muito naturalmente haviam as mesmas variedades em Israel. E mesmo que não tenhamos informações precisas sobre cultivares na Idade Antiga, se o solo era mesmo fértil na planíce de Saron, os hibiscos certamente não teriam grandes problemas com a adaptação.
Por falar em adaptação, hoje as roseiras são cultivadas em quase todos os cantos do globo depois de passarem por séculos de aclimatação e desenvolvimento de variedades mais resistentes e adaptadas, entretanto é muito provável que as roseiras não fossem comuns em Israel quando Salomão escreveu o Cântico dos Cânticos (Cantares).
É certo que existem hibiscos de diversos tipos, mas o legítimo "Sharon Rose" é o Hibisco da Síria, cuja variedade de folhas dobradas muito se assemelham às rosas.
Bem, talvez nunca tenhamos a resposta concreta sobre qual flor Salomão se referia quando escreveu seu poema, mas estou certo de que uma rosa nem sempre é uma rosa.
Hibisco da Siria Instagram Vale do Mago |
Muito interessante!
ResponderExcluirEae Hugooo! Kkkk que bom que continua com O Vale do Mago e com o The Green Bard! O Bob Huff pegou muitos dos seus clips no YouTube kkk obrigado por ainda postar conteúdo! Isso me ajuda no meu rpg no discord.
ResponderExcluirBem legal esse blog... em tempos que o povo não lê mais por preguiça, ver um blog com tanto conteúdo (e conteúdo de qualidade), me dá uma grande satisfação. Eu escrevo muito e alguns dos meus temas são mitologia geral, folclore e lendas. Adorei o conteúdo do 'Vale do Mago'. :)
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